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Capítulo 26: Deus Ex Machina - Part II

Música Recomendada: Rooftop Chase - Harry Gregson-Williams

O mundo começava a barrar-se de abandono, como uma criança perdida numa nudez terminal, amarfanhada no conformismo débil de um cuidado paliativo hibernado para sempre. Não existia nada de nada em meu redor, apenas o pulsar excessivo do meu coração imortal, arremessado para o caldeirão da tempestade, pela máquina do tempo desregulada, algures e nenhures, a escarafunchar como um cão louco por aquela Ursa familiar, sôfrego por alcançar as duas estrelas do meu firmamento.
Massas de ar hospitalar, arrepiavam caminho e acamavam o limite vertical, mas o meu exosqueleto invencível, rebobinava a directiva fundamental da minha missão de terminador insaciável, enquanto a solução universal de todas as equações imaginárias, conseguisse comportar a variável improvável de um Deus Ex Machina.

A Continuar...
 

Autor da imagem: Luís Lobo Henriques Em http://olhares.aeiou.pt/lloboh 

Última Transmissão Humana © 2013. Todos Os Direitos Reservados.

Capítulo 25: Deus Ex Machina - Part I

Música Recomendada: Rekall - Harry Gregson-Williams

Naquele carreiro tão merdoso, aonde a perversidade do céu obscuro, provocava o ciclone do solo, cercado pela ramagem violenta que folheava páginas de lâminas marciais, coordenadas ardilosamente para a emboscada silenciosa do fantasma da ópera. Nalgum recôndito ainda prematuro, na ingenuidade pacífica da Natureza, mesclava o odor bárbaro da investida forasteira, enquanto o tilintar suave de cada passada instantânea, zombava pacientemente até ao momento proveitoso do ataque engendrado. Os meus pés pálidos e níveos, enterravam-se na baba albina que se amontoava até à cintura, em sintonia perfeita com o nevoeiro mórbido que se adensava sobre a minha testa enfeitada de escárnio. Sentia-se o frenesim mudo dos bichos de lençol, a namoriscar com a minha sombra solteira, a esquadrinhar o tempero do vulto da minha existência, ciosos e necessitados de lhe saltar encima e violar a sua privacidade. Cobardes sem rosto que intimidavam sem alvorejar, respiravam de esguelha, espancavam de raspão, apalpavam de fugida e pisgavam-se em vão, camuflados no secretismo da paisagem cremosa que pactuava com aquela incumbência fraternal.

A continuar...
 

Autor Da Imagem: Paulo Madeira Em http://paulomadeira.net

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